domingo, 6 de maio de 2012

Regresso


Para Ângela Vilma, da casa e do torpedo que me inspiraram

adentrar tua casa, amiga,
é como ingressar em outro tempo
os teus oratórios, as tuas cadeiras,
os teus paninhos bordados,
o jarro de flor de há muitos anos,
as fotografias em branco e preto,
as velhas cartas de tarot
tudo isso
e mais o teu olhar sempre abismado
reacenderam em mim a pequena flama
da poesia que eu perdi
enquanto reinventava um mundo

7 comentários:

  1. Amiga, querida, começar o domingo lendo tão bonito e delicado poema, é acreditar que a vida pode ser incrivelmente bela e generosa, e poética. Grata, imensamente, sempre. Saiba que esse é um dos mais perfeitos poemas que li nos últimos tempos.

    ResponderExcluir
  2. M. querida, tão bom poder ter estado na casa de Ângela pelos teus olhos, pelo coração da amiga, pela alma da poeta.
    Sinto tanto falta de vocês duas, embora não saiba como explicar isso.
    Fique então sem explicação, e em nome da luz que vocês sempre me trouxeram pelas palavras meu agradecimento eterno. Eu, que tento me manter são a duras penas, pelas poesias vivas que ambas produzem acabo por receber verdadeiros bálsamos que me aliviam as dores do espirito, porque vejo esse mundo sofrido com as possibilidades de salvação que somente aos poetas Deus antecipou. Muito obrigado e um brinde à vossa amizade.

    ResponderExcluir
  3. Tão lindo, M. Sempre que me sinto triste, solitária - e não são poucas as vezes - eu acesso o teu blogue e o de nossa amiga Aero. A poesia de vocês me conforta. As duas nem sabem o quanto me fazem companhia. Obrigada. Bjs

    ResponderExcluir
  4. Que lindo, Mom. È isso, vida nova, casa nova, novas descobertas, uma amizade ao lado... Meu Deus, que bençao!

    ResponderExcluir
  5. Que poema lindo, Mô. Senti saudade da sua casa e dos seus mimos de amiga.

    ResponderExcluir