terça-feira, 17 de maio de 2011

Carta de amor

amado, jamais serei a tua Dora Diamant
simplesmente por que sou outra mulher
e tu és outro homem
não sei cantar na língua sagrada
e nunca sonhamos com Tel Aviv
no entanto desejo,
como a moça judia,
acolher-te o derradeiro gesto
e talvez o meu grito
também dissipe o eco
da última oração

Para Carlos, meu amado, porque hoje faz anos.

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