quarta-feira, 31 de agosto de 2011

domingo, 28 de agosto de 2011


Tantos muros. Para quê?
Estou sempre desarmada.

E dentro da minha casa nasce o rio.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Bilhete

Para Lidi

oh, querida amiga,
se você morasse nesta cidade
eu te convidaria para uma chá de maçã com canela na minha casa
e conversaríamos horas a fio sobre nossos abismos
enquanto uma chuva fina caísse lá fora

escuta
viver é sempre desmesurado difícil
mas há tanta beleza ao longo dos caminhos

agora mesmo
a senhora vizinha começou a cantarolar uma valsa triste
lembrando-se, talvez, de um grande amor

domingo, 14 de agosto de 2011

A mulher


Pensava que deveria voltar atrás para resgatar aquilo que perdeu ao longo do caminho. Porém hoje, no meio de um gesto, descobriu que é tempo de semear novas flores. E, de repente, como há muito não acontecia, se viu novamente um tanto bela diante do espelho.

sábado, 13 de agosto de 2011

Melancholia



Na quarta-feira passada vi Melancholia, de Lars von Trier, e até agora estou impactada com a beleza e profundidade das imagens, dos diálogos, e com o silêncio que o mesmo provocou em mim. É um filme que, na minha leitura, diz sobretudo de um “precário”, de um “frágil” que dá conta de enfrentar o que há de mais terrível na existência humana.