Virgínia Woolf estava certa:
a mulher precisa de um teto todo seu para escrever.
Não apenas ficção, como ela anotou,
mas também poesia
e até os relatórios de pesquisa.
E não precisa ser grande
ou elegante
nem mesmo precisa ser separado
ou distante
da casa onde porventura viva com o amado.
Precisa apenas ser seu.
Um lugar onde lapidar seu silêncio
sua fúria
seu caos de todo dia
seu cansaço
e aquela ânsia delicada de morrer.